Carla PereiraColunas

Fazenda Cabaceiro e sua potencialidade arqueológica

Vejam as imagens e o relato do estudo feito pelo arqueólogo Claudio Prado de Mello que confirma toda a potencialidade arqueológica daquela região.

A POTENCIALIDADE ARQUEOLÓGICA DE UMA REGIÃO

Essa esplêndida imagem, postada recentemente pelo grande preservacionista Dr° Antonio Seixas chega a ser comovente para todos aqueles que estão preocupados com o futuro que o Morro do Cabaceiro e a sua fazenda tombada pela Municipalidade vão ter nos próximos dias .

No sábado, dia 09 de Março, expusemos para todo o publico que compareceu ao ato Publico em defesa do conjunto histórico do Cabaceiro a importância que o local pode ter em relação a potencialidade arqueológica daquele local.

Uma região que foi cenário da vida de homens do Sambaqui que deixaram seus vestígios em tal quantidade que foram necessárias 3 caieiras na região para queimar suas conchas . No mesmo local existiu Indígenas Tememinós e depois Tupinambás da Tribo Jequia ( Jekei ) que potencialmente podem ter deixado deus registros naquele solo.

Na mesma região e no mesmo morro, existiu a casa grande da fazenda cabaceiro que se perdeu no tempo e seus vestígios podem estar na estratigrafia daquele terreno e já no final do seculo XIX foi construído um belíssimo Solar que acabou sendo reconhecido por sua importância e a Municipalidade o tombou para que ele fosse preservado para as gerações vindouras .

E para nós que estamos acostumados com o Conceito de ambiência e os procedimentos licenciatórios da arqueologia nos espantamos com a noticia que um bem pode ser destombado para ser ajustado ao interesse de alguém construir novos prédios .

Então, eis que nos chega uma imagem do terreno contíguo ao morro do cabaceiro e especificamente a foz do Rio Jequiá e vemos que essa Potencialidade foi retratada por um pintor do Passado que com sua bela arte retratou algumas daquelas quase 100 casas que circundavam o núcleo principal de ocupação no Período Colonial e Imperial. O quadro é de Jordão de Oliveira, esta no Museu Antonio Parreiras ( hoje fechado) e foi adquirido em 1944.

Portanto, pensar da potencialidade arqueológica de uma região ARQUEOLÓGICA de uma região é pensar em respeito a Memoria de todos os nossos ancestrais que passaram por aquela região e pensar o quanto não sabemos nada deles e naturalmente a necessidade de darmos a eles a oportunidade de nos contar as suas histórias .

Estudo e texto do o arqueólogo e historiador Conselheiro do INEPAC e Diretor do Museu da Humanidade, Cláudio Prado de Mello.

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