32 anos sem Luiz Gonzaga, o Rei do Baião que se apaixonou pelo Cocotá

Foi no dia 2 de agosto de 1989 que uma das figuras mais emblemáticas do nordeste brasileiro fez sua passagem. Desde então, ficou estabelecido que a data daria início a uma semana exclusiva para exaltar a riqueza cultural de um dos povos mais miscigenados da América.

O nordeste, que recebeu influência dos portugueses, holandeses, espanhóis, ingleses, franceses, africanos, indígenas e judeus, tornou a cultura brasileira ainda mais rica, única, diversificada e influencia muito a nossa rotina.

Para homenagear o início da “Semana da Cultura Nordestina”, não poderíamos deixar de contar um trecho da história de amor, do Luiz Gonzaga com a Ilha do Governador.

Luiz Gonzaga por duas décadas viveu com sua amada Helena na Ilha do Governador, no bairro do Cocotá.

Nascido em Exu, interior de Pernambuco, o Rei do Baião, como ficou popularmente conhecido, lançou 43 discos, 125 compactos e gravou mais de 600 músicas, que são sucessos até hoje em todo Brasil.

Os insulanos têm muito o que se orgulhar, pois Luiz Gonzaga, (que escolheu viver na Rua Pereira Alves, 255, no Cocotá), exaltava a todo tempo a nossa Ilha do Governador. Dizia que nossa areia era medicinal e também deixou registrado o seu amor pela Ilha na música “Cocotá”, de 1964, onde ele mesmo assim descreveu: “Chego na beira da praia /Com Helena meu amor/Dou mais de vinte mergulho, opa!/Véio macho! Sim senhor!/Reumatismo foi embora/Alergia se acabou /Para um banho ‘medicina’/Praia boa é Cocotá/ Ilha do Governador”.

Assim, como já homenageamos os nossos moradores ilustres com a Estátua do Renato Russo, a Vila Olímpica Nilton Santos, nada mais justo que o Rei do Baião ganhar uma estátua, e até sugiro que se torne nome do espaço que exalta as músicas e a cultura nordestina na nossa tradicional feira do Cocotá de todos os domingos.

Na Ilha, Luiz Gonzaga tem amigos, familiares, também sua filha Rosa, que até hoje vive no Jardim Guanabara. Nos deixou como legado todo o seu talento e para os que o conheciam, é tido também como exemplo de humildade.