O dia do orgulho autista é comemorado anualmente no dia 18 de junho. Ele foi instituído através de uma iniciativa do grupo Aspies for Freedom, dos Estados Unidos, e é uma celebração da neurodiversidade de pessoas do espectro do autista. A data é um reconhecimento do potencial inato em todas as pessoas, incluindo aquelas no espectro do autismo.
No Brasil, estima-se que haja 2 milhões de pessoas com autismo, mas somente nos últimos anos essas pessoas e suas famílias começaram a ver seus direitos reconhecidos por leis federais, estaduais e municipais.
Hoje, no Dia do Orgulho Autista, temos uma oportunidade para conscientizar a sociedade sobre o transtorno do espectro autista (TEA) e avançar na luta contra o preconceito que ainda marca a forma como grande parte da sociedade lida com os autistas.
Embora não seja um transtorno raro, a população ainda não conhece, pois grande parte das pessoas que possuem autismo não tem características físicas. Por falta de conhecimento e diagnóstico correto, algumas pessoas passam a vida sem sequer saber que possuem o transtorno.
Portanto, cabe a cada um de nós assumir essa responsabilidade, nos unir às pessoas com autismo e suas famílias para cobrar que sejam criadas políticas públicas voltadas para o reconhecimento, desenvolvimento, tratamento e inclusão das pessoas com autismo.
Embora já existam lei que tratem do assunto, como a Lei Federal 12.764/2012 que garante o acesso à educação e estabelece multa a unidade escolar que recusar a matrícula do aluno, há grandes dificuldades relacionadas à garantia do uso das filas prioritárias e do assento especial no transporte público. Na busca de combater situações como essas, foi aprovada a Lei Municipal 6101/2016, determinando que estabelecimentos públicos e privados incluam nas placas de atendimento prioritário o símbolo mundial do autismo (o laço colorido), que deve aparecer ao lado dos símbolos da gestante, do idoso, das pessoas com deficiência e de pais com criança de colo.
Na Ilha do Governador a luta pela defesa dos autistas vem ganhando cada vez mais força. Em 2018, o cantor Ito Melodia criou o samba ” sou um artista de um mundo solitário”, que canta o autismo e em 2020 a praça IaIá Iaiá Garcia, na Ribeira, se tornou a primeira praça inclusiva da Ilha. Uma reivindicação antiga do grupo de pais do movimento Praça Adaptada, Praça Acessivel, Praca Inclusiva, Praça para todos.
Na Ilha existe ainda o grupo Compartilha – Autismo, criado a quase 8 anos, que é composto por pais insulanos, cujos filhos sofrem do transtorno. Até antes da pandemia esse grupo realizava na Praia da Bica a Caminhada Para Conscientização do Austismo, que acontece durante o Abril Azul e já está em sua 6ª edição. O evento, que reúne milhares de pessoas, existe para chamar a atenção de todos para a luta em prol dos diretos dos autistas na Ilha do Governador .
Se você tem interesse em participar do grupo Compartilha é só se inscrever, enviando um e-mail para compartilhailha@bol.com.br. Conheça também, através das redes sociais, mais sobre o trabalho do grupo “Praça Adaptada, Praça Inclusiva, Praça para todos”.
Sua participação é muito importante e faz toda a diferença!
