Rio de Janeiro

Secretaria de Saúde descarta risco de febre amarela no Rio

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) esclarece que não há febre amarela na cidade do Rio de Janeiro. Portanto, não há necessidade de vacinação em larga escala para a população. O mosquito Aedes aegypti, presente na cidade, não é o transmissor da febre amarela silvestre, que tem acometido moradores de cidades mineiras. Os últimos casos de febre amarela urbana, transmitida por este vetor, foram registrados no Brasil em 1942. Só devem ser vacinadas as pessoas que tenham passado por avaliação e tenham indicação médica para receber a vacina, assim como aquelas que estão com viagem marcada para países como Colômbia, Bolívia, Equador e Peru. A recomendação do Ministério da Saúde é de que quem vá ou resida nessas regiões tome uma dose da vacina e um reforço dez anos mais tarde.

A vacina contra a febre amarela não está isenta de provocar efeitos colaterais e, por isso, deve ser aplicada com cautela. Desde que começaram a ser veiculadas informações sobre os casos da doença em Minas Gerais, iniciou-se no município do Rio uma corrida desnecessária aos postos de vacinação. Somente neste mês, 12 mil doses já foram aplicadas, quando a demanda normal é de cinco mil doses por mês. Em dezembro foram aplicadas 4.117.

A preocupação da secretaria é que, com esta corrida, haja casos de reações adversas em pacientes com contraindicação para o imunizante. Também há o risco de as vacinas esgotarem com esta procura, quase três vezes maior que a demanda regular, acarretando em desabastecimento e falta do imunizante para atender às pessoas que vão viajar para as áreas com risco da doença e para quem a vacinação seja indispensável.

Em casos de viagem, é preciso se imunizar com pelo menos 10 dias de antecedência. A vacina é contraindicada para pessoas com mais de 60 anos, gestantes, crianças de até seis meses, pessoas com alergia à proteína do ovo ou portadora de doença imunossupressora, como a Aids, transplantados e pessoas em tratamento para alguns tipos de câncer.

A febre amarela silvestre é transmitida pelos mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que vivem em matas e vegetações à beira dos rios. Esses vetores ocorrem nas áreas florestais, habitats de determinados tipos de primatas, que são os hospedeiros do vírus, como ocorre em Minas Gerais. Não há a presença dos mosquitos Haemagogus e Sabethes em cidades litorâneas, como o Rio de Janeiro.

Outras informações sobre a doença e a disponibilidade da vacina podem ser consultadas por meio da Central de Atendimento da Prefeitura (telefone 1746), no site da SMS ou em qualquer unidade da rede de Atenção Primária (Centros Municipais de Saúde e Clínicas da Família).

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