Rio de Janeiro

Prefeito apresenta projeto de Municipalização do Porto do Rio

Foto: portomaravilha.com.br
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O prefeito Marcelo Crivella apresentou nesta sexta-feira (30/03) o projeto de municipalização do Porto do Rio de Janeiro. A Prefeitura do Rio quer estender a revitalização consolidada no entorno da Saúde e Centro e seus benefícios econômicos, sociais e culturais aos demais bairros. Um novo boulevard pode se interligar à Orla Conde com a extensão da ciclovia, instalação de museus, restaurantes, bares e uma moderna estação de cruzeiros dentro do conceito shopping portuário.

Como justificativa, Crivella explicou que somente um terço da área do Porto Maravilha foi requalificado, enquanto os outros dois terços apresentam ainda galpões ociosos e prédios desocupados. Do Armazém 6 à Rodoviária, o estado de abandono surge como contraste aos investimentos recentes do setor imobiliário em projetos comerciais e hoteleiros. O prefeito defendeu que as pessoas tenham acesso à orla e falou em “levar o Aterro do Flamengo até a Rodoviária Novo Rio”. Crivella informou que já iniciou tratativas com o presidente Michel Temer para que o Rio passe a ser a Autoridade Portuária Municipal. E citou como experiências bem-sucedidas as cidades de Arraial do Cabo (RJ) e Itajaí (SC), que também municipalizaram seus portos.

Com importância econômica estratégica para o Município e para o Estado do Rio de Janeiro, o Porto do Rio tem capacidade de movimentação de 5,5 milhões de toneladas. A área de operação ocupa 1 milhão de metros quadrados, com entrada e saída de carga diversificada (trigo, ferro gusa, granéis líquidos, álcool e derivados, papel, carga conteinerizada e veículos). A proposta concentra a atividade operacional do Porto do Rio nos Cais de São Cristóvão e Caju com o desenvolvimento de terminais modernos e adequados à movimentação de contêineres, veículos pesados, carga siderúrgica e apoio offshore, além de novo acesso em substituição ao atual.

A Prefeitura do Rio acredita na execução integrada dos projetos de valorização urbana, acessibilidade logística e expansão da capacidade operacional do porto. O Município assumiria articulação e supervisão das atividades, constituindo a Autoridade Portuária Municipal. Polícia Federal e Receita Federal, assim como os operadores portuários permanecem com suas funções. “O Porto Maravilha precisa do Porto do Rio de Janeiro. Hoje nós temos uma série de galpões, e aqueles que não estão tombados podem se transformar em restaurantes ou cinemas. Nós temos que dar vida àquilo. Já tivemos investimentos de R$ 25 bilhões, e aquilo está vazio, a estrutura está feia. Os hotéis não têm hospedes. Temos que revitalizar. Desse valor, mais de R$ 5 bilhões com investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Dinheiro do trabalhador. São recursos extraordinários que não podemos deixar de valorizar”, justificou Crivella.

Para o presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp), Antonio Barbosa, a operação urbana consorciada bate no muro do Armazém. “São ativos da Companhia Docas, e não podemos chegar perto. Para o público ter acesso ao mar, precisa se dirigir aos armazéns concedidos a terceiros. Em uma eventual municipalização, esses armazéns viriam para nós. A autoridade portuária os administraria por um tempo determinado de 20, 30 ou 40 anos. Importante ressaltar que os operadores e agentes federais alfandegários permanecem. Isso não muda”, comentou.

Fonte: portomaraviha.com.br

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