Polícia Civil e Subprefeitura das Ilhas realizam fiscalização em unidade de repouso no Cacuia

De acordo com os relatos recebidos, funcionários estariam cometendo maus-tratos, dopando os internados e falsificando receituários, além de manter alimentos estragados e fora do prazo de validade. Há declarações também de que imperícia por parte de funcionários e da gerente do asilo durante procedimentos de primeiros socorros teriam contribuído para dois óbitos nos últimos 15 dias.
As primeiras investigações apontam que o asilo Divina Luz funciona com CNPJ inapto e que as receitas encontradas têm o carimbo de um médico com CRM regular, mas sem vínculo empregatício ou trabalhista com o estabelecimento investigado. A mulher citada como dona e gerente do asilo já figurou como autora em crime de maus-tratos. Também foram flagrados alimentos impróprios para o consumo, armazenados de forma inadequada e com validade vencida.

A equipe do IVISA-RIO também realizou inspeções no local e observou irregularidades no processo de trabalho. O asilo estava sem equipe técnica no momento (havia apenas uma cozinheira e dois auxiliares de serviços gerais) e, por esse motivo, foi interditado para novas admissões de idosos no dia 9 de setembro de 2022, além de ser autuado por armazenar em sua cozinha alimentos impróprios para consumo. No momento da inspeção havia 16 idosos em diversos graus de dependência, mas nenhum deles contido ou amarrado. A documentação foi apresentada na íntegra, inclusive com os Procedimentos Operacionais Padronizados (POPs), que não eram condizentes com a realidade encontrada. Foram lavrados dois termos de intimação com as exigências a serem cumpridas.
Há previsão de retorno da Vigilância Sanitária ao local ainda essa semana, para monitoramento dos termos de intimação e das condições higiênico-sanitárias.