O desafio do lixo flutuante na Baía de Guanabara
O lixo sólido flutuante da Baía de Guanabara é um grande desafio do Saneamento para os nossos governos e para a concessionária Águas do Rio.
Na Ilha do Governador, pela nossa característica geográfica, recebemos correntes marítimas que vêm do oceano e dos rios da baixada e da capital e que desaguam neste gigantesco complexo aquífero. Com isso, ficamos mais vulneráveis a receber todo o tipo de lixo e resíduo jogado na Baía, suas ilhas e ramificações.
Basta um passeio pela orla para que a população insulana possa flagar a falta de políticas públicas efetivas que defendam as nossas praias de receberem toneladas de resíduos sólidos. Somos diariamente afetados por uma “invasão” de detritos que chegam aqui com muita facilidade e que, consequentemente, deixam as nossas praias com um aspecto muito feio. Os impactos desses resíduos sólidos vão além de estragarem nosso visual e belezas. Sem o destino correto os resíduos afetam diretamente a vida marinha e a saúde da população. Vale ressaltar que esses resíduos também trazem um risco emeninte para a proliferação da dengue.
Ações simples como as instalações de ecobarreiras flutuantes em sinergia com o trabalho dos Guardiões do Rio, o apoio da Comlurb e parcerias com os catadores de materiais recicláveis teriam muito mais eficácia do que o trabalho feito hoje, que é como “enxugar gelo”.
Para que um dia insulanos e visitantes possam celebrar praias e manguezais limpos na Ilha do Governador é preciso cobrar imediatamente essas ações, que já poderiam estar minimizando e muito a invasão de resíduos e lixo em nossa orla.
Quando o assunto é a limpeza da Baía da Guanabara, “uma andorinha não faz verão”. É necessária muita cobrança aos órgãos públicos, e que tambem haja vontade desses órgãos (meio ambiente e limpeza urbana) e por último, mas não menos importante, a colaboração da sociedade.