Governo do Estado apresenta 145 guarda-parques e dobra proteção das Unidades de Conservação do RJ

O Governo do Estado apresentou, nesta quinta-feira (27/03), 145 novos guarda-parques formados pela Secretaria do Ambiente e Sustentabilidade, dobrando a proteção das Unidades de Conservação Ambientais administradas pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Com a nova turma, o número de Agentes de Defesa Ambiental no estado praticamente dobrou e chegou a 300.
– A formação desses guarda-parques representa um grande avanço na nossa missão de proteger o patrimônio ambiental do Rio de Janeiro. Com um efetivo mais robusto, nós fortalecemos a conservação e garantimos mais segurança para a biodiversidade e para a população que usufrui dessas áreas. O meio ambiente é um dos maiores tesouros do nosso estado e investir na sua proteção é apostar no nosso futuro — diz o governador, Cláudio Castro.
Recebidos pelo secretário do Ambiente, Bernardo Rossi e o presidente do Inea, Renato Jordão, no Palácio Guanabara, os novos servidores tiveram em sua trajetória de treinamento um curso de formação focado no aprimoramento da segurança e eficiência dos profissionais responsáveis pela preservação dos patrimônios ambientais.
Além dos conhecimentos técnicos adquiridos durante o curso, os alunos foram treinados para atuarem em operações complexas de incêndios florestais, desenvolvendo conceitos de liderança, hierarquia e disciplina, além de preparo físico e psicológico. As aulas foram ministradas no Parque Estadual dos Três Picos, em Guapimirim, Região Serrana do Rio e todos já foram alocados entre as 40 Unidades de Conservação.
– Com essa formação, os novos guarda-parques estão plenamente capacitados para desempenhar todas as atividades essenciais da função, incluindo o combate a incêndios florestais. O treinamento é fundamental não apenas para a proteção e a preservação das nossas Unidades de Conservação, mas também para garantir a completa segurança de todos os profissionais durante as operações em campo — destaca Bernardo Rossi.

Dedicação e investimentos no elemento humano
Recentemente, a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade do Rio de Janeiro anunciou investimentos de R$ 1,4 milhão para a aquisição de equipamentos de combate a incêndios, incluindo coturnos, capacetes, macacões e uniformes novos com camisas de proteção. Entre os itens, sapatos antichamas com tecnologia para secagem rápida e calças que podem se transformar em bermudas. A ideia é oferecer mais segurança, conforto e praticidade para os guarda-parques durante as atividades de patrulhamento.
Além disso, todas as roupas recebidas contam com proteção UV, que ajudam a reduzir a exposição dos profissionais aos raios solares durante o trabalho em campo.
Coordenador do Parque Estadual dos Três Picos, no município de Nova Friburgo, Romenique Schmidt, classifica o momento como uma conquista e uma realização do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Ele afirma que desde quando ele começou em 2012 houve grandes avanços tecnológicos e também na metodologia de formação dos guardas.
– As formações são de excelência, não só na qualidade de instrução, como também na importância do serviço prestado, seja de primeiros socorros ou na manutenção da nossa rica biodiversidade. Cada vez mais a gente percebe que a relação social e socioambiental é fundamental, por intermédio da educação a gente vê que é o melhor caminho não só para proteger as unidades de conservação, mas para conscientizar toda a sociedade a respeito do meio ambiente no estado do Rio de Janeiro e assim no Brasil – afirmou.
Em 2024, os guarda-parques combateram 330 ocorrências de incêndio nas 40 Unidades de Conservação administrada pelo Inea – média de uma a cada 26 horas. Os números deste ano também impressionam: até o fim de fevereiro, foram 42 focos combatidos. A maioria deles (13) ocorreu no Parque Estadual da Pedra Branca, na Zona Oeste do Rio.
Aprendizado contínuo como obrigatoriedade
O curso para agente de defesa ambiental durou 47 dias e contou com uma grade curricular de 16 matérias essenciais para a construção do conhecimento necessário às atividades, como, por exemplo, prevenção e combate aos incêndios florestais, buscas e salvamentos nas trilhas, resgate e manejo de fauna, ações de fiscalização ambiental e noções de sobrevivência na Mata Atlântica.
A função de guarda-parque exige ensino médio completo e aprovação na prova teórica, com mínimo de 50% de acertos de cada uma das 16 disciplinas, e no teste de aptidão física. Às sextas-feiras, por exemplo, eles participavam de oficinas de combate a incêndio florestal durante o dia e, pela noite, eram submetidos a estratégias de sobrevivência na floresta. Além disso, a profissão exige uma atualização periódica a cada dois anos.
Recém-formada guarda-parque a bióloga Juliana Monteiro ficará lotada no Parque Estadual Cunhambebe, no Sul Fluminense. Ela já acompanhava o trabalho ambiental desde o tempo que só frequentava as áreas de proteção. Agora, do outro lado da função, destaca com orgulho as principais atribuições desses profissionais de proteção ambiental.
– Já conhecia como funcionava, gostava da dinâmica e achei que, depois de formada, era um caminho para começar, um caminho dentro do que eu gosto, dentro da minha área. A gente trabalha no combate ao incêndio florestal e dá apoio aos bombeiros nesse sentido. Também realizamos o manejo de trilha, educação ambiental, ou seja, várias funções ligadas à unidade de conservação – afirma.
Fonte: Governo do Rio