‘Favelados’: Colégio de Santa Catarina pede desculpas por bilhete preconceituoso
O Colégio Cenecista Pedro Antônio Fayal, de Itajaí, Santa Catarina, pediu desculpas por ter enviado aos pais um bilhete em que solicitava que as crianças do 4o. ano deveriam comparecer a uma atividade fantasiadas de “favelado do Rio de Janeiro”.
Leia explicação dos educadores:
Esclarecimento importante:
Viemos através desta transcrever nossos mais sinceros pedidos de desculpas ,pois ainda que possamos ter explicações , reconhecemos a inadequação de uma frase descontextualizada.Ouvimos cada um de vocês, e explicamos o contexto da ação . Jamais teríamos a intenção de criar estereótipos.Nosso espírito educacional é sempre na intenção de realizar ações que possam somar com a comunidade . É de prática cotidiana o acolhimento e humanização a nossos alunos , famílias e funcionários .Houve um sério equívoco no bilhete enviado às famílias dos quartos anos e que separado do contexto a que pertencia tornou-se inaceitável.Esclarecemos que a atividade proposta foi na verdade baseada na canção“Alagados” do conjunto Paralamas do Sucesso, onde é citado a Favela da Maré, uma das maiores do Rio de Janeiro, onde vivem hoje 130 mil pessoas ,em comunidades que se estendem entre a avenida Brasil e a Linha vermelha – duas das mais importantes vias de acesso à cidade. Não viemos criar muros e sim trabalhar e expor estes movimentos de cidadania e inclusão.
Não aceitamos racismo, xenofobia, homofobia ou qualquer intolerância de classes. Nossos 55 anos de história atestam esta postura.Convidamos a todos para acompanharem o nosso trabalho que sempre privilegiou os valores e reafirmar que repudiamos toda e qualquer forma de exclusão.Contamos com a compreensão nesse momento e as providências internas já foram tomadas.
Por isso estamos indo além do pedido de desculpas. Assumimos aqui um compromisso público de sermos cada vez mais intolerantes e intransigentes nesse sentido.Enfrentaremos esse momento com humildade e o superaremos , fica o aprendizado.
Atenciosamente,
A Direção
Este é mais um episódio que demonstrava a face do preconceito. Em maio, alunos da escola IENH – Fundação Evangélica, de Novo Hamburgo, receberam críticas após a festa “Se nada der certo”, em que se fantasiaram de empregadas domésticas, garis, atendentes de lanchonetes, motoboys, entre outras profissões que foram consideradas inferiores.