Comerciantes reclamam de uso de drogas e sujeiras de moradores de rua na Portuguesa
Trabalhadores reclamam de acúmulo de lixo, uso de drogas e brigas causados por moradores de rua na porta das lojas que ficam localizadas na calçada da Estrada do Galeão, em frente ao Hospital Evandro Freire, na Portuguesa. A situação vem se agravando e provocando medo aos frequentadores do local.
Com receio de represálias, os comerciantes não quiseram se identificar. “A situação está cada vez mais difícil, o acesso dos clientes fica quase impossível e o clima de abandono prejudica o nosso comércio” – comenta um lojista.
Na foto abaixo, é possível ver caixa de isopor, colchão e um casal que frequentemente briga, causando transtorno e medo.
Em nota, a subprefeitura informa que, infelizmente, a maioria da população em situação de rua faz uso de alguma substância psicoativa. De acordo com o Censo da População em Situação de Rua 2020, entre os 3.960 pessoas que responderam à pergunta “Você faz uso de pelo menos uma droga, incluindo o tabaco”, 83,1% responderam que sim. A Secretaria Municipal de Assistência Social atua de acordo com a legislação de direitos humanos, que proíbe a retirada compulsória de moradores em situação de rua. O trabalho é de abordagem social e a pessoa vai para o abrigo por sua própria vontade. Desde 1º de janeiro, 1.188 pessoas em situação de rua foram abordadas na Ilha do Governador, tendo sido atendidas 44 no bairro Portuguesa.
A equipe do Ilha Carioca fez contato com a Assistência Social que cuida do auxílio aos moradores de rua na Ilha do Governador, que afirmou que a Unidade de Acolhimento e Reinserção Social Stella Maris oferece serviço de abrigo provisório de pernoite para famílias em situação de vulnerabilidade social. As pessoas são recebidas por uma infraestrutura com todas as condições de higiene, acessibilidade, salubridade, segurança e conforto necessários. Porém, se recusam a permanecer no local por conta do uso de drogas e álcool, por isso preferem não ficar abrigados.
