Erika Januza critica invisibilidade negra no Carnaval

Carnaval 2025. Em entrevista à Glamour, Erika Januza, atriz e rainha de bateria da Unidos do Viradouro, abordou um tema de extrema relevância sobre a representatividade negra no Carnaval.
Com anos de experiência na folia carioca, ela trouxe à tona a falta de visibilidade para aqueles que, embora sejam maioria nos bastidores, muitas vezes ficam à margem quando chega o momento de protagonismo.
“A dor de todo mundo vem dessa não valorização”, afirmou a atriz, ressaltando que a maioria dos trabalhadores do Carnaval é negra, mas que, na hora do destaque, poucos são reconhecidos.
Ela mencionou o esforço diário de costureiras e operários, cujos nomes raramente são lembrados, embora desempenhem papéis fundamentais na construção do espetáculo.
A reflexão surgiu durante as gravações do programa Rainhas Além da Avenida, que estreia em 14 de fevereiro pelo GNT. Produzido pelo AfroReggae, o programa mostra a rotina das rainhas de bateria do Grupo Especial, além do glamour da passarela.
Erika ressaltou que a representatividade no Carnaval vai além do racial, enfatizando a importância de reconhecer o esforço genuíno de quem se dedica à festa, não apenas como uma figura de status, mas como parte da sua verdadeira essência.
A artista destacou a importância de um envolvimento genuíno com as comunidades do samba, afirmando que, embora não tenha nascido na Viradouro, se sente parte da escola e honra seu lugar. Ela defende maior valorização para os verdadeiros protagonistas do Carnaval, aqueles que, embora fora dos holofotes, são essenciais para a festa.
Fonte: srzd.com/blog/carnaval/rio-de-janeiro/erika-januza-critica-invisibilidade-negra-no-carnaval